Hoje estas linhas são dedicadas a um querido aluno que tive o prazer de ensinar, de trocar experiências, de tê-lo como paciente e estudo de caso para o TCC de Acupuntura, e de muitos trabalhos voluntários.
Eu o conheci sem 2019 quando fui ministrar um curso de Reiki, aliás neste curso colecionei mais dois alunos que assim como ele se tornaram mais que isso em meu coração.
Nossa conexão foi instantânea. Como muitos que passam em nossas vidas, para não dizer todos, ocorre o reencontros de alma, sim principalmente aqueles que nossa energia não bate, sabe aquelas pessoas que torcemos o nariz, pois é, possivelmente isso já vem de vidas e vidas atrás e novamente temos a oportunidade de resolver estas questões.
Já na primeira aula eu notei que ele estava com dor, ao perguntar era dor no tal ciático, e como a maioria dos homens usa a carteira no bolso de trás e ao se sentar não a tira do bolso, o que automaticamente deixa um lado das nádegas mais alta, fora de linha, ao perceber expliquei e instrui a retirar.
Isso não é suficiente, o ciático estava inflamado, mas é um hábito a ser alterado e que consequentemente após tratar a inflamação tende a melhorar, ou no mínimo, não piorar o estado dependendo do tempo da inflamação.
Seguimos o curso, depois fizemos o Reiki II, e sempre nos falávamos. Eu já estava pensando em realizar o trabalho voluntário em minha sala e uma aluna me procurou dizendo que gostaria, ele também, e assim montamos o grupo e demos início.
Com o tempo fui conhecendo a todos melhor, e ele foi me contando por tudo que passou, e foi muita coisa, mas muita coisa mesmo.
Ele perdeu a mãe que era seu porto seguro, sofreu um acidente de moto que machucou sua perna precisando de enxerto na tíbia, posteriormente sofreu uma distensão na coxa jogando futebol agravando o quadro desta perna, o levando a mancar.
Depois disso sofreu uma infecção urinária em que não teve sintomas de febre, ardência ou qualquer sensação ou sintomas, descobriu por acaso, pois estava sentindo um cansaço grande, mas acreditava que era devido a rotina pesada e muito corrida, dormia poucas horas por noite, trabalhava, fazia academia e pós graduação, porém, já era o problema renal influenciando.
Um certo dia, estava sentindo fortes dores de cabeça e a pressão estava 16/8 e foi ao hospital. Lá o médico questionou o que ele fazia, porque estava pálido, e ele disse que não tinha costume de pegar sol, medicou a pressão melhorou e ele foi liberado.
Após 24 horas ele retornou ao hospital e foi atendido por uma nova médica que solicitou exame de sangue, e lá percebeu as alterações na creatinina, nos glóbulos vermelhos, anemia profunda e nesta ocasião fizeram um cateter emergencial para a hemodiálise recebendo 5 bolsas de sangue, teve hemorragia por falha no procedimento do cateter que não fechou direito e recebeu mais 2 bolsas de sangue. Posteriormente recebeu uma fístula que é uma junção da veia com a artéria para realizar o procedimento de hemodiálise. A infecção, causou uma atrofia nos rins, até chegar a necrose rena.
Em 2013 recebeu um transplante renal, porém, o perdeu em 2017 porque não tomava as medicações no horário correto, o que ocasiona a rejeição do órgão. Retornando a realizar hemodiálise 3 vezes por semana, filtrando o sangue e retirando o excesso de líquido, pois o mesmo não urina mais, e semanalmente toma medicação alopática anti-anemica, que estimula a formação e liberação das hemácias a partir da medula óssea.
O emocional e o mental em desequilíbrio nos fazem contestar se somos merecedores, nos coloca no papel de vítima, aumentam nossa culpa e por ai vai.
Ele claro tinha o emocional e mental bem abalado principalmente por todas as provações que passou e ainda passa. Para quem esta de fora é fácil dizer e julgar, porém só quem esta vivendo a situação é que tem noção do que esta sentindo, não digo que entende mas sim sabe, as vezes, não querem enxergar mas que lá no fundo sabem isso é uma verdade. Pode não entender claramente, pode ter uma barreira mental, mas o inconsciente e a alma sabem.
Por conta da pandemia paramos nosso trabalho voluntário de Reiki, e ao retornar ao presencial começamos a cuidar dele.
A minha querida irmã de alma, que acopla o médico do plano espiritual chefe da equipe consegue enxergar o plano sutil e via algo podre, inclusive sentia o cheiro fétido. Com o tempo ela passou a ver um rim novo, saudável, vermelhinho e não entendia. Nós pedimos a autorização para realizar o transplante espiritual mas não esperamos o que viria a seguir.
Depois de quase um ano, em julho de 2021 ele foi agraciado por um novo transplante renal, nossa alegria e gratidão foi imensa, não parávamos de chorar. E foi assim “do nada”, incrível não acham?
Ele estava em casa e recebeu uma ligação para ir ao hospital para receber o transplante do rim, resumidamente foi isso, nos avisou e foi.
Foi simples? Nãoooooooooo
Passou por um período de adaptação, alterações hormonais, desequilíbrio sim, afinal isso mexe com a mente, além de nossas crenças. Teve períodos de revolta, mas nosso pai maior o Criador em sua infinita bondade lhe proporcionou uma nova vida, e já se passaram 2 anos com o novo rim.
Eu me encanto, me emociono e meu coração é muito grato por todos aqueles que acreditam, confiam e recebem uma segunda chance, como neste caso.
Entenderam agora o que ela via de rim saudável? Exatamente isso, era o transplante físico que estava sendo preparado. Um milagre? talvez possamos chamar, porém prefiro chamar de merecimento e fé, muita fé.
Namastê.
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